Protestos mundiais contra mega-barragem na Amazônia

22 agosto 2011

Milhares de pessoas protestaram contra a barragem de Belo Monte em cidades pelo mundo inteiro nos últimos dias. © Sue Cunningham/Survival

Esta página foi criada em 2012 e talvez contenha linguagem obsoleta.

Milhares de pessoas tomaram as ruas em dezenas de cidades em todo o mundo, para protestar contra a mega-barragem de Belo Monte em construção na Amazônia brasileira.

Grupos em todo o Brasil pediram à Presidente Dilma Rousseff para deter a construção da barragem destrutiva no rio Xingu. Sua mensagem foi ecoada por manifestantes na Austrália, Canadá, Irã, México, Turquia, Estados Unidos, e pelo menos outros nove países.

Adeptos da Survival International entregaram uma carta nas embaixadas do Brasil em Berlim, Londres, Paris e Madrid, expressando as suas preocupações com os povos indígenas que vivem na área.

As ações internacionais seguem indignação generalizada conforme a construção da barragem já começou, apesar da violação de inúmeros direitos humanos, de infrações ambientais, e da oposição maciça da população local.

A barragem irá devastar vastas áreas de terra, da qual numerosos povos tribais, incluindo índios isolados altamente vulneráveis , dependem para sua sobrevivência.

Os índios Kayapó da região advertiram que se a barragem for construída, o Xingu poderá se tornar um ‘rio de sangue’.

Sheyla Juruna da tribo Juruna recentemente observou que os povos indígenas ‘não somos contra o desenvolvimento … mas há outras formas de geração de energia … Nós consideramos o rio a nossa casa … Se o governo continuar insistindo com Belo Monte, vai ter guerra’.

No início deste ano, adeptos da Survival se uniram aos índios da Amazônia em seu protesto fora do escritório do Banco Nacional do Desenvolvimento, BNDES, em Londres, que está fornecendo a maior parte do financiamento para o projeto de Belo Monte.

O diretor da Survival, Stephen Corry, disse hoje, ‘É gratificante ver tanto apoio internacional para os índios do rio Xingu – se apenas o seu próprio governo mostrasse o cuidado similar. O banco brasileiro do desenvolvimento, BNDES, não deve financiar projetos que violem os direitos dos índios à propriedade de suas terras e recursos’.

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